sábado, 7 de novembro de 2009

Tarefa 1 - S O C I O L O G I A

O artigo apresentado - Desiguais na vida e na morte - trata principalmente sobre a diferenciação que ocorre no tratamento entre pessoas comuns e personalidades famosas e o descaso das autoridades com os que mais precisam.
No exemplo apresentado, a comoção pela morte de Ayrton Senna era geral, enquanto que uma empregada doméstica grávida havia sido atropelada e seu corpo ficou estendido por duas horas, com carros passando por cima dela e ninguém fez nada em relação a isso. Por que a indiferença em relação aos nossos semelhantes? Por que ocorre a diferenciação de tratamento entre pessoas comuns e celebridades?
O egoísmo e o fato de pensarmos somente em nós são características inatas ao ser humano, além de outras piores (somos a única espécie animal capaz de ferir seus semelhantes) . Estes atributos fazem parte de nossa essência enquanto animais. Se a empregada grávida fosse parente de algum funcionário do Instituto Médico Legal, será que ficaria duas horas sendo esmagada? Penso que o capitalismo acelerou esse processo de individualização, pois os homens passaram a pensar somente em si mesmos e a visar o lucro próprio - capitalismo selvagem-, aumentando as primeiras divisões sociais.
Outra característica inerente ao ser humano é a idolatração - tanto de deuses quanto de pessoas vivas. Desde as sociedades mais primitivas até as atuais, os homens tem por costume venerar, e atualmente o grande responsável pelo aumento da adoração e futilidade é a mídia, que cria seus ídolos e depois exibem-nos com o intuito de "viciar" e aumentar a audiência. Basta olhar ao nosso redor, o povo brasileiro sabe muito mais quem são os atores de novelas do que aquilo que nos rodeia - as notícias.
Recentemente, assistindo à televisão, vi certa reportagem sobre uma cidade gaúcha que batera o recorde de audiência da telenovela Caminho das Índias (mais de 97% da cidade assistia) e simplesmente não pude acreditar. Como que a população brasileira atingiu tal nível de alienação e adoração? O ser humano simplesmente tem a necessidade de idolatrar algúem de tempos em tempos.
Até que ponto a fama faz com que sejamos tratados de formas diferentes, se afinal somos todos humanos, não importando raça, nacionalidade, religião ou classe social? A vida, pobre ou rica, famosa ou anônima, deve ser respeitada como um bem em si.

4 comentários:

  1. Muito bom o teu texto Rodrigo ele realmente mostra a realiadade a qual ocorre nos dias de hoje que as pessoas tem de idolatrar de tempos em tempos alguém que está na midía e acaba se esquecendo dos outros que vivem ao seu redor dando-lhes menos importância. E o capitalismo é a prova incontestável de que o ser humano tende a agir por egoísmo e benefício próprio, parabéns ficou realmente muito legal.

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  2. Rodrigo o teu texto ficou muito bom pois mostra bem o que ocorre atualmente com relação a esta séria questão que é a das pessoas que sempre puxam o saco de alguem que esta na mídia e não da a menor importância para aquelas que estão ao seu redor.
    Porque o ser humano é muito egoísta, e sempre vai agir por simples egoísmo isto é, tudo o que ele fizer e continuar fazendo, vai ser em seu próprio benefício
    Parabens realmente o teu trabalho ficou muito bm

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  3. Muito bom o texto, muito coerente, apresentando com clareza os pontos que levam à desigualdade social.

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  4. Rodrigo,
    Primeiramente gostaria de parabenizá-lo pelas excelentes reflexões que fizeste. Tal criticidade mostra uma consciência social e uma desnaturalização dos fenômenos sociais. Concordo contigo quando falas que a mídia é o instrumento de alienação da população e o dado que trouxeste mostra isso. A banalização da vida é exemplo do que a mídia nos impõe. Como romper então com esse modelo alienante? O que a sociedade deve fazer para acabar com a desigualdade social? A quem atribuímos a culpa pela diferenciação social? A mídia seria a única culpada? E o poder público, qual sua parcela de responsabilidade? Trago essas questões para continuarmos refletindo sobre a temática.
    Um abraço.

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